quinta-feira, 23 de maio de 2013

Optical Faze – The Pendulum Burns (2013)




1. Trail of Blood
2. Pressure
3. Moment of Nothing
4. One Way Path
5. Lie to Protect
6. Mindcage
7. Carved
8. Red Sun
9. The Collapse
10. Ghost Planet
11.
Never Let me Down Again
12. Tiede

Sem ufanismo, hoje o Brasil é um celeiro de boas bandas de Metal, em todas as suas vertentes. Apesar disso, nem o mais fanático amante de Metalcore pode negar que, de todos os subgêneros do Metal, esse foi o que menos rendeu frutos por essas paragens. E isso, a meu ver, se deu por um fato que atinge não só as bandas brasileiras, como boa parte das gringas em geral. Elas apostam excessivamente nos clichês do gênero, acabando assim, por soar derivativas. Por esse motivo, nunca escondi minhas fortes resalvas a esse gênero, e poucas formações que apostam nessa proposta conseguiram me chamar à atenção até hoje. No Brasil, nenhuma havia conseguido até então. Mas isso mudou no exato momento que tive a oportunidade de ouvir The Pendulum Burns, álbum dos brasilienses do Optical Faze. 

De cara, você já percebe que está diante de um material diferenciado, ao ver o belíssimo digipack em que a obra vem embalada. Quando constata que a produção ficou a cargo de ninguém menos que Ryus Fulber (Paradise Lost, Fear Factory) e a masterização, nas mãos de Maor Appelbaum (Sepultura), essa impressão vira quase uma certeza. Quando coloca o álbum para rodar, tudo isso se concretiza num trabalho de altíssimo nível. A proposta aqui é fazer um Metal moderno. Em sua essência, o que temos aqui é Metalcore, mas momentos de Death Melódico e Metal Industrial podem ser encontrados em diversas passagens de The Pendulum Burns. O Optical Faze, conseguiu encontrar um equilíbrio perfeito para agressividade, rispidez e melodia em sua música. Vale frisar que o trabalho das guitarras é excelente e os teclados foram muito bem encaixados, ambientando perfeitamente as músicas. O trabalho vocal também se destaca muito pela agressividade e, principalmente, por não soar enjoativo nos momentos mais melódicos (mal que ocorre em muitas bandas do estilo). Os destaques aqui vão para a faixa de abertura, a enérgica e feroz “Trail of Blood”, com suas passagens intrincadas e guitarras variadas e pesadas, “One Way Path”, com elementos industriais, e que me soou como uma mistura de Fear Factory com In Flames atual, e a ótima “Mindcage”, faixa climática e com passagens de Progressivo (outra que me remeteu levemente ao In Flames).

Com uma produção de altíssimo nível, que deixou o som mais na cara, composições fortes, pesadas, intensas e de altíssimo nível, o Optical Faze impressiona pela qualidade de seu trabalho, mostrando-se superior não só a seus pares nacionais do estilo, como também a muitos medalhões do exterior, que a meu ver, são em sua maioria supervalorizados pelos bangers brasileiros. Isso coloca esses brasilienses em condições inclusive, de sonhar com voos mais altos e ter seu trabalho reconhecido no exterior. Curte Metalcore? Então, aqui está um dos melhores representantes do gênero, e o melhor de tudo, made in Brasil.

NOTA: 9,0



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