segunda-feira, 17 de junho de 2013

Burzum – Sôl Austan, Mâni Vestan (2013)




01. Sôl Austan
02. Rûnar Munt bû Finna
03. Sôlarrâs
04. Haugaeldr
05. Feôrahellir
06. Solarguôi
07. Ganga At Sôlu
08. Hiô
09. Heljarmyrkr
10. Mâni Vestan
11. Sôlbjörg

Bem, acho que posso chamar essa resenha de esquizofrênica, ou algo do tipo. Por quê? Em breve o prezado leitor irá entender. O Burzum é dessas bandas que dispensam muitas apresentações, já que qualquer banger que se preze e que saiba o que ocorreu na cena nos últimos 20 anos, em algum momento se deparou com questões sobre Inner Circle norueguês, incêndios criminosos em Igrejas e, principalmente, o assassinato de Euronymous, do Mayhem. Posto isso, irei pular a fase de apresentações e ir ao que realmente interessa, que é a música presente em Sôl Austan, Mâni Vestan.

O Burzum, por toda a sua história, sempre foi um nome que impressionou, fosse pelo radicalismo de seu líder, Varg Vikernes, fosse pela rispidez de seu Black Metal, o que fez com que angariasse uma legião de seguidores. Mas mesmo para o mais apaixonado dos fãs, era visível que no pós-prisão, o Black Metal havia se tornado algo um tanto vazio pra Varg e que seus lançamentos nesse período vinham decrescendo cada vez mais de qualidade. Sendo assim, talvez não tenha sido tão surpreendente a decisão de deixar o estilo de lado e investir na sonoridade atmosférica de álbuns do período em que esteve preso, como Daudi Baldrs e Hildskjalf. Por sinal, Sôl Austan, Mâni Vestan, começa do ponto onde este último parou. A música que temos aqui é de uma natureza quase cósmica, carregada de uma ampla gama de sons e emoções. Com um som simples, lúdico, cativante e misterioso, temos aqui algo tão sublime quanto o desabrochar de uma flor. O resultado disso tudo é uma música que hipnotiza e leva o ouvinte a uma experiência quase metafísica. Com um álbum relaxante e intrigante, Varg nos oferece um trabalho agradável de se ouvir em qualquer ambiente. No final, tudo acaba sendo uma questão de contexto em que se escuta o álbum.

O Burzum, por toda a sua história, sempre foi um nome que impressionou, fosse pelo radicalismo de seu líder, Varg Vikernes, fosse pela rispidez de seu Black Metal, o que fez com que angariasse uma legião de seguidores. Mas mesmo para o mais apaixonado dos fãs, era visível que no pós-prisão, o Black Metal havia se tornado algo um tanto vazio pra Varg e que seus lançamentos nesse período vinham decrescendo cada vez mais de qualidade. Sendo assim, talvez não tenha sido tão surpreendente a decisão de deixar o estilo de lado e investir na sonoridade atmosférica de álbuns do período em que esteve preso, como Daudi Baldrs e Hildskjalf. Por sinal, Sôl Austan, Mâni Vestan, começa do ponto onde este último parou. Sendo assim, o que temos aqui passa a milhares de quilômetros Black Metal radical, ríspido e de aura maléfica que marcou os primórdios do Burzum. Isso é ruim? Bem, depende da qualidade da música apresentada, e nesse caso específico, ela não é nada boa. Você, caro leitor, consegue imaginar uma música do Burzum sendo escutada em um momento de relaxamento em um Spa? Ou então termos como “meditativa”, “calma”, “singela” ou “sublime” sendo usados para se referir a uma música da banda? Ok, você pode alegar que tudo é uma questão de contexto em que se escuta o álbum, mas isso não vai mudar o fato de que falta variedade ao trabalho e que ficamos com a impressão que o mesmo é composto de uma única e interminável faixa. No final, o que resta é uma música chata pra caramba, mais desagradável que tratamento de canal. Um dia, o Burzum foi um nome que impôs respeito e significou música de qualidade. Hoje em dia, é apenas um nome que vive do passado e garante o sustento pós-prisão de Varg Vikernes.

NOTA: 8,5 ou 1,5


Nenhum comentário:

Postar um comentário