sábado, 6 de julho de 2013

Cult Of Luna – Vertikal (2013)




01. The One
02. I The Weapon
03. Vicarious Redemption
04. The Sweep
05. Synchronicity
06. Mute Departure
07. Disharmonia
08. In Awe Of
09. Passing  Through
10. The Flow Reversed

Antes de iniciar, um aviso: se você não é fã daquilo que convencionou-se chamar de Post Metal, pode passar longe do trabalho dos suecos do Cult Of Luna. O que temos aqui é apenas indicado para amantes do gênero. Já para quem curte vertentes mais leves do estilo (Post Rock), imagine o Sigur Roz com um vocal urrado e com mais agressividade e distorção nas guitarras. Esse é o Cult Of Luna.
Sexto trabalho da banda, depois de 5 anos de hiato, Vertikal chega com uma proposta altamente ousada. É um álbum conceitual, baseado na obra prima do cinema expressionista alemão, Metrópolis, do mestre Fritz Lang. E posso adiantar aqui que o conceito não ficou apenas nas letras, mas também na estrutura das múscias, que remetem ao clima do filme e tem um ar mais futurista, mecânico e industrial.

Musicalmente, Vertikal é um álbum altamente desafiador. Sua mistura de Metal, Rock Progressivo e Industrial faz com que dentro de uma mesma faixa, momentos extremos alternem com passagens viajantes, melódicas e atmosféricas. Após a introdução com “The One”, “I The Weapon” surge unindo beleza e agressividade, com um riff hipnótico, teclados sombrios e uma mistura perfeita de uma crueza ríspida com linhas suaves. “Vicarius Redemption” vem com seus mais de 18 minutos (7 minutos só de introdução), unindo os elementos já citados e em momento algum soando cansativa. Outros destaques vão para “The Sweep”, música que mais conta com elementos eletrônicos no álbum, “Synchronicity”, com sua bateria insana e quebrada, “In Awe Of”, com seu ótimo riff e para a bela “Passing Through”.

Indiscutivelmente, estamos diante de um trabalho altamente desafiador, desses que te forçam parar qualquer coisa que esteja fazendo para escutá-lo com calma, prestando atenção em cada mínimo detalhe. É um álbum original, forte, denso, complexo e muito, muito sombrio e perturbador. Um trabalho que fascina quem se permite dar a devida atenção a ele e que, apesar de tudo isso, ainda guarda características de Doom Metal tradicional, podendo ser visto como uma verdadeira evolução desse estilo. Cansado de álbuns descartáveis? Cult Of Luna é a sua solução. Desde já, um dos melhores lançamentos desse ano.

NOTA: 9,0



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