quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Siege Of Hate – Animalism (2013)




Siege Of Hate – Animalism (2013)
(Rising/Gallery/Bomb This Shit - Nacional)

01. Grinding Ages
02. Turmoil
03. Catharsis
04. The World I Never Knew
05. Waiting For What?
06. Hypochrist
07. Life Rules
08. Live Hard, Die Harder
09. Beware What You Wish
10.
Repelling Rumors
11. Individual Community
12. Dissonance
13. Real Ties
14. Vida e Morte

Já vou logo avisando, se você é desses que tem ouvidos sensíveis e delicados, passe bem longe de novo álbum dos cearenses do Siege Of Hate, a não ser que queira os mesmos sangrando. O nível de agressividade e violência aqui presente é absurdo e indicado apenas aos amantes de um bom e brutal Death/Grind. Vindo de um hiato de 4 anos, já que seu álbum anterior, o excelente Deathmocracy, havia sido lançado no hoje distante ano de 2009, o S.O.H. supera todas as expectativas com um trabalho que tem tudo para ser um dos melhores de 2013.
Da veloz e agressiva abertura com “Grinding Ages” até o encerramento, com a instrumental “Vida e Morte”, o que temos aqui é um verdadeiro massacre. A capacidade que o Siege Of Hate tem de imprimir fúria e brutalidade em sua música é algo que deve ser seriamente estudado pela ciência. E para enriquecer ainda mais todo material, incorporam saudáveis influências de Hardcore e Crossover a seu Death/Grind. Fica até difícil destacar faixas aqui, tamanha a qualidade do que ouvimos. “Hypochrist”, com uma pegada hardcore, vai te fazer bater cabeça. A sequência composta pela death “Catharsis”, a hardcore “The World I Never Knew”, melhor do álbum em minha opinião e a brutal “Waiting For What?”, tem o poder de entortar o pescoço de qualquer headbanger mais descuidado. E o mesmo vale para a sequência “Individual Community” e “Dissonance”, duas verdadeiras bordoadas no pé do ouvido. A proposta lírica do álbum também é bem interessante, pois se baseia na clássica obra “A Revolução dos Bichos” de George Orwell, traçando um paralelo entre a mesma e a realidade que vivemos tanto no Brasil quanto na América Latina como um todo (podemos observar bem isso nos trechos de discursos políticos inseridos em segundo plano na faixa “Vida e Morte”).
Com um álbum muito acima da média e que tem tudo para se tornar um clássico do Metal Nacional, o Siege Of Hate não só consolida de uma vez por todas seu nome dentro de nossa cena como também se credencia para firmar de vez os dois pés no exterior. De quebra, mostra uma vez por todas, que nossa cena não se resume apenas ao eixo Sul/Sudeste, já que boas partes dos grandes lançamentos desse ano saíram justamente da cena nordestina. E a pergunta que não quer calar: O que existe na água que esse povo bebe lá no Ceará, que faz com que as duas maiores bandas de Grind/Death do Brasil, S.O.H. e Facada, venham de lá. Simplesmente obrigatório!

NOTA: 9,0





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