terça-feira, 14 de abril de 2015

Wild Child – Seven (2015)




Wild Child – Seven (2015)
(MS Metal Records - Nacional)

01. Never Let Yourself Down
02. Myself in Pieces
03. All I Want, All I Need
04. Find Your Way
05. The Circle of Hate
06. Church Bells
07. Don't Turn Off the Lights

A história do Wild Child é similar a de muitas outras bandas de nosso cenário. Surgida no ano de 2006 em Curitiba, seu foco inicial era fazer covers de nomes consagrados do Hard Rock, como Whitesnake, Van Halen e afins. Mas eis que em um determinado momento o quarteto formado por Erik Fillies (vocal), Marcelo Gelbcke (guitarra), Thiago Forbeci (baixo) e Felipe Souza (bateria) sentiu a necessidade de expandir seus horizontes musicais e passaram a investir em músicas próprias. Isso teve como resultado o lançamento de seu debut, Inside My Mind (12), disponibilizado para download gratuito pela banda e que obteve boa repercussão nos meios especializados, graças a um Hard Rock com pegada moderna e que possuía peso e boas melodias.
Seven vem para suceder o debut e confirmar se as expectativas geradas com o mesmo eram plausíveis. Esses três anos serviram para um maior amadurecimento da banda, que acabou agregando ou reforçando alguns aspectos de sua sonoridade, como maior peso e influências latentes de Prog Metal e até mesmo do famigerado Grunge (vide, por exemplo, algumas passagens de “Myself in Pieces”). A base de seu som continua sendo o Hard Rock e a energia e simplicidade que transbordam do trabalho deixa tudo muito às claras, mas é inegável que junto a isso, temos a técnica e a complexidade típica do Prog. Talvez aqui esteja a grande sacada do Wild Child, conseguir fazer uma música que consegue ser ao mesmo tempo muito técnica, mas que soa simples aos ouvidos, sem aquele ar autoindulgente e exagerado que poderia emanar de tal proposta. Pode parecer esquisito o que irei falar, mas chamar o quarteto curitibano de Prog Hard não seria exagero algum, já que o mesmo talvez defina perfeitamente a sonoridade do que escutamos em Seven. Ótimos riffs, guitarras pesadas, uma cozinha bem variada e técnica (e que segura muito bem o peso das músicas), algumas melodias e refrões que simplesmente grudam em sua cabeça e um vocalista que não apela em momento algum para aqueles gritinhos “mamãe estou sendo empalado pelo Kid Bengala”, já que procura imprimir um tom mais agressivo a sua voz, são os grandes destaques do álbum. Todas as faixas aqui são bem homogêneas, mas coloco um patamar acima “Never Let Yourself Down”, “All I Want, All I Need”, “Find Your Way” e principalmente e espetacular “Church Bells”, que com seus 15 minutos, acaba sendo um retrato perfeito de todo álbum.
Sem qualquer sobra de dúvida, podemos afirmar que o Wild Child venceu com folga o desafio do segundo álbum, não só por ter conseguido superar seu debut em matéria de qualidade como também por ter encontrado uma cara própria para seu som. O maior pecado de Seven? Ter apenas 7 músicas, o que te obriga a manter o som no repeat. Um dos grandes álbuns nacionais de 2015.

NOTA: 8,5





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