segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sideburn – Evil or Divine (2015)




Sideburn – Evil or Divine (2015)
(Metalville Records – Importado)

01. Masters And Slaves
02. Sea Of Sins
03. When Darkness Calls
04. The Seer (Angel Of Death)
05. The Day The Sun Died
06. Evil Ways
07. Presence

A Suécia e sua fábrica de bandas de qualidade não para de produzir nomes ótimos nomes para o mundo do Rock/Metal. O Sideburn nem se trata de uma banda tão nova assim, afinal já são quase 20 anos de estrada (surgiu em 1997) e este é seu 5º álbum de estúdio, mas não é lá um nome com grande popularidade no Brasil. Pois bem, talvez tenha chegado a hora de reverter essa situação.

Evil or Divine é o sucessor do ótimo IV Monument, lançado em 2012 e que obteve boa recepção tanto na mídia quanto entre o público apreciador daquela sonoridade setentista que mescla Doom, Stoner e Classic Rock, muito em voga nos últimos anos. Sendo assim, meio a enxurrada de bandas que andam apostando nessa fórmula, uma banda para conseguir se destacar tem de ser muito boa, o que definitivamente é o caso do Sideburn.

Aos que conheciam seu trabalho e estavam um tanto receosos com a mudança de vocalista, saibam que Dimitri Keiski caiu como uma luva no Sideburn e sua voz casou perfeitamente com a música característica do grupo. Claro que referências a nomes clássicos como Sabbath, Zeppelin ou Purple podem ser notadas aqui e ali, mas de forma alguma temos aquela simples emulação de nomes clássicos dos anos 70, como muitos grupos por ai o fazem. Até mesmo passagens que remetem ao Candlemass e aquele Doom mais clássico dos anos 80 podem ser notadas durante a audição do trabalho. Sendo assim, a música do Sideburn possui personalidade, uma cara sua, algo que vêm se mostrando cada vez mais raro hoje em dia.

Aqui não temos muito mistério. Dimitri brilha com ótimas linhas vocais, enquanto Morgan Zocek despeja riffs pesados e de muita classe, além de solos criativos e boas melodias. Já Martin Karlsson (Baixo) e Fredrik Broqvist (Bateria) se mostram mais do que afiados, formando uma parte rítmica de primeiríssima categoria. Destaque também para os ótimos arranjos e todo o Groove que acompanha o peso presente na música do quarteto sueco. Em um trabalho muito equilibrado, os grandes destaques ficam por conta de “Masters And Slaves”, “Sea Of Sins”, “When Darkness Calls”, “The Day The Sun Died” e “Evil Ways”.

A produção é muito boa e reforçou o clima vintage presente na música do Sideburn, mas sem soar datado ou forçado em momento algum. Na verdade ocorre justamente o contrário, já que tudo aqui soa orgânico e natural.

Com uma música cativante, diversificada e criativa, o Sideburn esbanja talento em Evil or Divine, mergulhando o ouvinte em um túnel do tempo que o irá levar o ouvinte a se sentir nos anos 70 e escutando o melhor que essa década teve a nos oferecer. Se curtir bandas nessa pegada e ainda não conhecer o Sideburn, recupere o tempo perdido e corra atrás desse trabalho, pois vale muito à pena.

NOTA: 8,5

Sideburn é:

- Dimitri Keiski (Vocal)
- Morgan Zocek (Guitarra)
- Martin Karlsson (Baixo)
- Fredrik Broqvist (Bateria)




Nenhum comentário:

Postar um comentário