terça-feira, 30 de agosto de 2016

Buried Side - Heading To The Light (2016)


Buried Side - Heading To The Light (2016)
(Independente - Importado)

 
01. The Great March
02. The Elevation
03. Ways of Transfiguration
04. The Judgement
05. The Divine Traveler
06. Out of Times (Instrumental)
07. Son of Chaos
08. Burning Star
09. The Quiet River
10. Towards Infinity

Apesar de ter gerado alguns bons nomes no que tange o Rock/Metal, a Suíça nunca foi um grande celeiro de bandas do estilo. Mas é exatamente de lá que vem o Buried Side, banda surgida em 2011, com um EP lançado e que chega agora a seu debut apostando em um estilo que é visto com muitas ressalvas pelos fãs de Metal mais tradicionalistas, o Deathcore. Mas em um estilo que dá claros sinais de estagnação, o que uma banda com tão pouco tempo de estrada poderia apresentar de novo para se destacar ante a concorrência?

Definir apenas como Deathcore a sonoridade adotada pelo Buried Side, é querer limitar uma proposta que pretende ser um pouco mais ampla, mesmo que utilizem elementos que já ouvimos em bandas de certo renome. Fora o peso absurdo, que remete ao Death Metal, sua música se mostra bem técnica e fica bem evidente a influência de Progressive/Djent na mesma. Outro aspecto importante e que cabe destaque é a temática adotada pelo quinteto suíço, o Egito antigo. Isso não se reflete apenas na parte gráfica e lírica, mas também nas músicas, já que temos diversas passagens mais atmosféricas nessa linha, geradas tanto pelas guitarras da dupla Gaetan Tellenbach/Quentin Seewer, como também pelos teclados e cítara.

A grosso modo, poderíamos definir o Buried Side como uma mistura da técnica e peso do Born Of Osíris com a parte atmosférica/lírica do Nile. Exemplos para isso não faltam, como por exemplo, em “The Elevation”, o retrato perfeito do álbum, com influências de Djent e guitarra e bateria afiadíssimos, “Ways of Transfiguration”, com alguns trechos atmosféricos bem interessantes e instrumental que vai agradar em cheio aos fãs de Deathcore, “The Divine Traveler”, com um belo trabalho de guitarra e melodias bem cativantes e “Burning Star”, bem pesada e variada. Cabe um destaque também aos vocais de Ian Girod, que alternam entre o urrado e o gritado, conseguindo resultados bem interessantes.

Quanto à parte técnica, falta um pouco de informação por aqui. O que se pode afirmar é que Heading To The Light foi gravado no Black Rabbit Studio, por Olivier e Quentin Seewer e que recebeu mixagem e masterização no Sequence Sound Studio. Já a parte gráfica ficou por conta de Chromatorium.

Carregado de energia, pesado, técnico e com boas melodias, Heading To The Light pode não ser o álbum que irá mudar os rumos do Deathcore, mas que busca saídas para fugir do lugar comum e credencia o Buried Side como uma das bandas de mais potencial no estilo para os próximos anos,

NOTA: 8,0

Buried Side é:
- Ian Girod (vocal)
- Quentin Seewer (guitarra)
- Gaetan Tellenbach (guitarra)
- Nicolas Py (baixo)
- Baptiste Maier (bateria)

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