quinta-feira, 20 de julho de 2017

The Unity - The Unity (2017)


The Unity - The Unity (2017)
(Shinigami Records/SPV/Steamhammer - Nacional)


01. Rise And Fall
02. No More Lies
03. God Of Temptation
04. Firesign
05. Always Just You
06. Close To Crazy
07. The Wishing Well
08. Edens Fall
09. Redeemer
10. Super Distortion
11. Killer Instinct
12. Never Forget

O Love.Might.Kill foi uma banda de Melodic Heavy Metal alemã que durou de 2010 a 2015, tendo lançado 2 álbuns de estúdio, Brace for Impact (11) e 2 Big 2 Fail (12). Entre seus membros, contava com o baterista Michael Ehré, que, no mesmo ano do lançamento do segundo trabalho, assumiu as baquetas do Gamma Ray. Guarde bem essa informação, pois ela será de grande valia mais à frente. Pois bem, foi no gigante do Power Metal alemão que Ehré travou grande amizade com o guitarrista Henjo Richter, com quem resolveu formar o The Unity no ano de 2016, até porque, convenhamos, com Kai Hansen excursionando mundo afora com o Helloween, a agenda do Gamma Ray não será tão movimentada por algum tempo.

Mas bem, como uma banda não se faz apenas de um guitarrista e um baterista, fazia-se necessário encontrar outros músicos para dar sequência ao The Unity. Foi então que Ehré resolveu chamar seus ex-companheiros de Love.Might.Kill, exceto o guitarrista Christian Stöver (por motivos óbvios, mas que ainda assim ajudou na composição de duas músicas e com guitarras adicionais na gravação) para completar o time. E assim, com a chegada de Jan Manenti (vocal), Stefan Ellerhorst (guitarra), Jogi Sweers (baixo) e Sascha Onnen (teclado), partiram para a composição do seu autointitulado debut.

Quando você pensa em uma banda que conta com 2 membros do Gamma Ray, a primeira coisa que vem à sua cabeça é um típico álbum de Power Metal Melódico, com todos os elementos que sempre marcaram a escola alemã do estilo. É uma questão de lógica. Só que atentem bem para um detalhe muito importante: sim, são 2 membros do Gamma Ray, mas também estamos falando de 5 ex-membros do Love.Might.Kill (com um 6º como colaborador) e, sendo assim, aquela lógica inicial acaba subvertida, pois é justamente a sonoridade da ex-banda de Ehré que predomina por aqui. Claro, existem alguns momentos mais Power aqui e ali, mas os mais familiarizados com a proposta do L.M.K sabem exatamente o que encontrarão aqui: um Heavy Metal carregado de melodias e com um pé no Melodic Hard Rock/AOR.


Isso é ruim? De forma alguma, pois é justamente por fugir da obviedade inicial que o debut do The Unity acaba sendo tão legal. Os vocais de Jan Manenti se destacam não só pelo belo timbre e pela variedade, como também por conseguir transpor para as canções a emoção que as mesmas pedem. A dupla formada por Henjo e Stefan Ellerhorst realiza um belíssimo trabalho nas guitarras, com bons riffs e ótimos solos, sempre carregados de muita melodia e sim, de certo acento pop aqui e ali. A parte rítmica, com Jogi Sweers e Ehré faz bem seu trabalho, entrosada e muito coesa, enquanto o tecladista Sascha Onnen encaixa muito bem seu instrumento nas canções, chegando até mesmo a comandar algumas delas.

São 12 canções que primam principalmente pelas boas melodias. Existem alguns altos e baixos aqui e ali, mas nada que realmente comprometa o resultado como um todo. Entre os destaques, poderia citar a sequência de abertura, com “Rise And Fall”, com uma tendência ao Power, boas melodias, bastante energia e refrão grudento, “No More Lies”, que mescla Dio da fase Dream Evil com Hard/AOR, sendo outra cujo refrão vai ficar na sua cabeça por dias, a ótima “God Of Temptation”, épica, pesada e que vai te remeter aos melhores momentos do Black Sabbath na fase Tony Martin (poderia estar sem força alguma no Headless Cross) e a mais que bombástica “Firesign”, faixa forte e cativante. É obrigatório também citar a excelente “Killer Instinct”, canção bem equilibrada, com uma pegada um pouco mais cadenciada e um riff daqueles marcantes.

A produção foi realizada pela própria banda, com mixagem e masterização realizadas por Miquel A. Riutort, no Psychosomatic Recording Studio. O resultado final foi muito bom, com tudo claro, limpo e audível, mas sem perder o peso. Já a capa é trabalho de Alexander Mertsch (Deep Purple, Savatage, Stratovarius, Gamma Ray), tendo ficado bem legal. Então se curte um híbrido entre Metal melódico, Hard e AOR, com melodias e refrões grudentos, o álbum de estreia do The Unity é mais do que indicado para você! Acima de tudo, um trabalho que rende bons minutos de diversão!

NOTA: 8,0

The Unity é:
- Jan Manenti (vocal);
- Henjo Richter;
- Stefan Ellerhorst (guitarra);
- Jogi Sweers (baixo);
- Michael Ehré (bateria);
- Sascha Onnen (teclado).

Homepage
Facebook
Instagram
Twitter
YouTube


Nenhum comentário:

Postar um comentário