segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Eluveitie - Evocation II: Pantheon (2017)


Eluveitie - Evocation II: Pantheon (2017)
(Nuclear Blast/Shinigami Records - Nacional)

01. DUREÐÐU
02. Epona
03. Svcellos II (Sequel)
04. Nantosvelta
05. Tovtatis
06. Lvgvs
07. Grannos
08. Cernvnnos
09. Catvrix
10. Artio
11. Aventia
12. Ogmios
13. Esvs
14. Antvmnos
15. Tarvos II (Sequel)
16. Belenos
17. Taranis
18. Nemeton

Surgido em 2002, pelas mãos de Chrigel Glanzmann, o suíço Eluveitie marcou seu nome a ferro e fogo entre os principais nomes do cenário Folk Metal, com sua música que mescla elementos folclóricos com Death Metal Melódico, e que gerou ótimos trabalhos como Spirit (06) e Slania (08). Mas entre todos os seus álbuns de estúdio, Evocation I - The Arcane Dominion (09) se destaca justamente por fugir da fórmula que consagrou o grupo. Totalmente acústico e com seu conceito baseado na cultura celta, até hoje divide opiniões, já que existem os que o amam justamente por se aprofundar no Folk, e aqueles que simplesmente o odeiam por não possuir elementos que remetam ao Metal.

Após o lançamento do mesmo, a banda enfileirou 3 álbuns que seguiram seu padrão musical, mas Chrigel sempre deixou claro que a segunda parte estaria sendo trabalhada pelo grupo. Tudo ia bem até que em 2016 passaram por uma drástica reformulação, que colocou os fãs em dúvida não só sobre a continuação da banda, como também a respeito de Evocation II. De uma só tacada, Anna Murphy (Vocal e Hurdy Gurdy), Ivo Henzi (Guitarra) e Merlin Sutter (Bateria) anunciaram sua saída. Felizmente, Glanzmann não perdeu muito tempo e tratou de recompor o Eluveitie, trazendo de volta a violinista Nicole Ansperger, além de Matteo Sisti (Whistles, Bagpipes), Alain Ackermann (Bateria), Jonas Wolf (Guitarra), Michalina Malisz (Hurdy Gurdy) e por último, Fabienne Erni (Vocal, Harpa e Mandola).

E foi com uma nova formação que trataram de entrar em estúdio no começo de 2017 para a gravação de Evocation II: Pantheon, seu 7º álbum de estúdio, que finalmente encerra o ciclo iniciado em 2009. Continuação mais do que natural de Evocation I - The Arcane Dominion, temos em mãos um trabalho acústico, que se aprofunda no panteão mitológico celta, além de ser todo cantado em gaélico. Não espere elementos metálicos aqui, já que nem mesmo os agressivos vocais de Chrigel se fazem muito presentes (aparecem esparsamente em uma ou outra canção). A banda pensou cada detalhe aqui presente, contando com a ajuda de especialistas em cultura celta para a confecção das letras e até mesmo da pronúncia do idioma.


É claro que a variedade musical aqui presente é imensa, afinal, são mais de uma dezena de instrumentos tocados. Mas apesar disso, Evocation II apresenta uma coesão surpreendente e flui com grande naturalidade. E não se assuste com o grande número de músicas, 18, pois além de boa parte delas não chegar aos 3 minutos (ou passar por pouco dessa marca), temos também uma quantidade razoável de interlúdios e faixas instrumentais. Por mais que seja um trabalho que deva ser analisado como um todo, é inevitável que tenhamos alguns destaques, como no caso das empolgantes “Epona” e “Lvgvs”, as mais acessíveis de todo o trabalho e que, além de cativar com facilidade, te faz sentir aquela vontade de levantar, fazer uma fogueira com os móveis no meio da sala e sair dançando em volta da mesma, enquanto bebe seu hidromel. A instrumental “Nantosvelta” é outra que empolga pela bela utilização dos instrumentos folclóricos, assim como “Catvrix”, que te faz se sentir participando de um ritual antes de uma batalha, e “Taranis”. “Artio” se mostra bem densa e tem como destaque os belos vocais de Fabienne.

Produzido por Chrigel e pelo guitarrista do Coroner, Tommy Vetterli, Evocation II teve a mixagem realizada por esse último e a masterização por Dan Suter. Já a capa foi obra de Glanzmann. Soando mais enérgico que a primeira parte, e mostrando muita variedade e coesão, o Eluveitie vai agradar em cheio os fãs da mesma, além de claro, aqueles que apreciam Folk, independentemente dele vir acompanhado de guitarras pesadas ou não. Sem dúvida, um dos principais trabalhos do estilo em 2017.

NOTA: 8,0

Eluveitie é:
- Fabienne Erni (Vocal, Harpa Celta e Mandola);
- Chrigel Glanzmann (Vocal principal, Bouzouki, Flautas, Gaita, Violão Acústico e Bodhrán);
- Jonas Wolf (Guitarra);
- Rafael Salzmann (Guitarra);
- Kay Brem (Baixo);
- Alain Ackermann (Bateria);
- Matteo Sisti (Whistles, Bagpipes, Mandola);
- Nicole Ansperger (Violino);
- Michalina Malisz (Hurdy Gurdy).

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